Palavra estranha essa: saudades. Um sentimento forte e triste. Se no lado positivo temos de mais forte o amor, no lado negativo temos saudade. Pode ser de um amigo, de um momento, de uma coisa, de uma comida, de um lugar ou de alguém, e nesse último caso a saudades mostra seu lado mais perverso, mais cruel. Goste, adore ou ame uma pessoa isso é ótimo, mas deixá-la nem que seja por uns dias dói e dói pra valer. E a dor tem seu ponto máximo quando a saudade é de alguém que você ama verdadeiramente. Queremos rapidamente saber se ela está bem, com frio, com sede, o que está fazendo, o que já fez, para onde vai, se precisa de algo, quando na verdade o que ela mais precisa é de mim. E não há sentimento melhor quando matamos as saudades, quando chegamos para aquela pessoa amada e damos um abraço e um beijo. Nos sentimos aliviados, um piano de cauda de madeira maciça saiu de nossas costas. Nesse momento não existe a palavra saudade no dicionário. Mas a dor da despedida é pior que dor de dente elevada ao cubo, mesmo que você veja a pessoa dali a uns dias. Ver ela indo, fora do seu campo de visão, não sabendo mais se ela esta bem, é muito triste. São poucos aqueles que sabem lidar com a saudade, e não falo de saudades de uma coisa qualquer, tipo saudades da viagem à Paris, mas sim saudades verdadeiras de algo importante, algo que vale a pena lutar e sentir essa saudade para viver feliz posteriormente.